quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Lá vem o negão...

O ministro Joaquim Barbosa toma posse hoje como presidente do STF. É o primeiro negro a ocupar o cargo máximo na corte suprema do país. Por consequencia, o ministro Joaquim entra na linha sucessória para ocupar a presidência do país em casos extremos.
Ninguem tem duvida que o ministro Joaquim já entrou prá história. A sua origem humilde, na pequena e pacata cidade de Paracatu, e o seu destino até chegar ao posto máximo da judicatura nacional já são conhecidos.
Poucos negros atingiram tamanha relevância na história política do país. Essa exceção, contudo, deve servir como inspiração para aqueles que ocupam as camadas menos favorecidas da sociedade brasileira.
Para que esse cenário possa ser modificado, ou seja, para que mais negros passem a ocupar posições de destaque, a sociedade vislumbrou a política de cotas raciais.
Os que a defendem dizem que o país tem uma dívida histórica com os negros que deve ser reparada. Outros, acham que as cotas sociais seriam mais justas pois além de englobar os negros envolveria também outros grupos que do mesmo modo não tiveram melhores oportunidades.
A primeira questão que envolve o tema é definir quem faz parte da "raça negra". A cor da pele seria o critério mais evidente. Só esqueceram de lembrar que vivemos no Brasil, ocupado por pessoas que vieram de diversos pontos do mundo, aqui se misturaram e geraram pessoas de todas as "cores". Há portanto, negros e brancos de todas as tonalidades. Como definir então quem é ou não negro? Podemos chegar ao absurdo de dois irmãos serem classificados de formas diferentes, ou seja, um ser considerado branco e o outro considerado negro. Absurdo? Não, na minha casa é assim... Prá piorar a situação os pardos também entram nas cotas. Consequencia disso: o que era prá ser a exceção passou a ser a regra. Levado ao pé da letra, a grande maioria, de todas as classes sociais, se enquadraria nas cotas raciais. O problema volta ao ponto inicial.
Os negros pobres e os brancos pobres devem ter as mesmas oportunidades.  A questão portanto não pode estar na cor da pele mas na classe social. O que há em comum entre o branco pobre e o negro pobre, que  dificulta sua ascensão social, não é a cor mas a pobreza.
Desta forma, para termos mais Joaquins é necessário que se combata a pobreza, através de políticas publicas na área de educação e geração de emprego e renda.
Alem do mais, fazemos parte de um grupo homogeneo que quer se misturar cada vez mais: o povo brasileiro. De todos os ritmos, todas as cores, todas as origens. Parem de criar, portanto, fórmulas que  possam levar a quebra dessa unidade, como é o caso da cota racial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário