segunda-feira, 18 de março de 2013

Tempestade magnética

No mínimo estranho. Dois carros na minha casa com a bateria arriada de manhã. Peguei o celular para ligar para a seguradora. Descarregado.
Seria a segunda-feira? Seria uma tempestade magnética?

Investigando as causas, todas elas tem a palavra esquecimento.
Num dos carros, uma luz foi esquecida ligada. No outro, esquecemos de andar no carro, que está de férias da UnB. O celular, não vou comentar.
Mas o que provocou tanto esquecimento?
Seria a segunda-feira? Seria uma tempestade magnética?

Sinceramente, acho que é a idade.....
Deixa prá lá...

sábado, 16 de março de 2013

Lógica social

Lógica social=desigualdade social
Quando assaltam a casa de quem tem poder, a polícia investiga com várias equipes a procura dos meliantes e o caso vira manchete no Correio Braziliense (vide edição de hoje).
Se a pessoa não tem poder, mesmo para quem mora no Lago Sul ou no Lago Norte, a perícia leva dias para aparecer, como aconteceu outro dia quando dois moradores que foram assaltados tiveram que fazer vigília na própria casa a espera da polícia técnica.
Um tempo desses meu filho foi assaltado. Os atendentes da delegacia quase não olharam na minha cara quando fui registrar a ocorrência. Apenas quando me identifiquei como serventuário da justiça, tive o privilégio de consultar um arquivo com fotos de criminosos. No posto da PM foi do mesmo jeito. O policial que escutou minha reclamação, sentado estava, sentado ficou. Não se dignou sequer em fazer uma ronda e procurar o meliante que, eu tenho certeza, morava nas proximidades do local do assalto.
Talvez por ganhar menos e pagar menos imposto, o serviço público prestado prá mim deva ser de segunda ou terceira categoria. Não deveria ser assim. Mas acho que não é isso. Acho que a questão tem mais haver com o poder. Quem manda pode determinar como as coisas devem ser feitas. Como a família assaltada ontem envolvia uma staff da presidente Dilma, certamente os poderosos foram acionados e o serviço prestado de primeira qualidade.
Se acharem os meliantes vai sair na TV. Enquanto isso, o filho da puta que assaltou meu filho continua rodando por aí falando ao celular dele e tirando onda com a correntinha de prata surrupiada.

sábado, 9 de março de 2013

Rumo a liberdade ou o abandono do conforto.

Túlio não está mais entre nós.
Acordei ontem e reparei que a gaiola tinha dormido do lado de fora da casa.
Com compaixão de Túlio e de seu companheiro Tuti corri para trazê-los para dentro de casa, preocupado com o frio que eles tinham passado de madrugada.
Mas a gaiola estava vazia.
Se eles não voltarem, nunca mais teremos o som daquele canto desengonçado dentro de casa. Nunca mais vamos levantar as 6 horas prá cobrir a gaiola. Nunca mais vamos ser interrompidos com seus gritos chamando a atenção. Nunca mais teremos o fiu-fiu avisando: "ei, estou aqui, vem falar comigo"
Tulio e Tuti vão deixar saudades.
Como será que eles estão? Livres, vão ter de buscar sua própria comida, sua própria água.
O conforto da gaiola ou a liberdade do aperto na natureza? São irracionais e optaram por voar. Se fossem racionais talvez teriam feito a mesma coisa. Que Deus os guarde, os livre das presas, lhes dê alimento e quem sabe uma nova família para amá-los.
E eu fico aqui curtindo (?) meus minutos de silêncio.

domingo, 3 de março de 2013

O que esperar do próximo Papa?

O período de transição no comando da Igreja Católica sempre leva os católicos a esperarem muito além de uma simples mudança de comando.
O mundo muda. A igreja deve estar atenta para não ficar obsoleta e fugir de sua missão principal: nortear a vida dos seguidores.
E a impressão que se tem é que tais mudanças estão ficando cada vez mais rápidas, e que a Igreja não tem conseguido acompanhar.
Uma das coisas que deve ser revista pelo próximo Papa é fazer com que o catecismo de fato reflita o que de realmente acontece dentro da Igreja.
Felizmente, muitos padres são receptivos e abertos em relação aos divorciados e aos homossexuais, o que não encontra guarita na documentação de orientação da Igreja. Uma igreja transparente e receptiva a todas as pessoas faria muito bem para a sociedade e certamente receberia a aprovação de Jesus Cristo.
Outro ponto importante é uma maior participação das mulheres no comando da igreja e a liberação para que os padres possam se casar.
Se até Pedro, o primeiro Papa, era casado, porquê não permitir que os padres de hoje também possam constituir família?
Enfim, é necessário que a igreja evolua nas questões sexuais, especialmente no que concerne ao controle de natalidade e a vida sexual dos não casados. Não há como dissociar a igreja do mundo real. E não é apenas um fato natural que deve servir de norte para dizer se uma pessoa é ou não pecadora.
Falo sempre: O foco deve ser no amor e não no pecado. Não devemos nos preocupar com os pecados que cometemos mas sim com o tanto de amor que compartilhamos.
É evidente que mudanças ocorreram. Talvez não na velocidade necessária. Mas certamente já será um começo. Um bom começo. Tal como foi a renúncia de Bento XVI, que sinalizou que a Igreja tem que mudar.

sábado, 2 de março de 2013

A Sarça Ardente

Na passagem bíblica contida no Livro do Êxodo, capítulo 3, versículos 1 e seguintes, consta um episódio ocorrido com Moisés no deserto, conhecido como a Sarça Ardente. Em resumo, Moisés pastoreava quando viu uma moita (de uma planta chamada sarça) se queimando, porém o fogo não a consumia. No meio daquele fenômeno incomum, Deus se revela a Moisés, dando-lhe a missão de libertar o povo judeu da escravidão.
Apesar de a palavra definitiva para nossa salvação (que eu prefiro tratar como uma forma melhor de conduzir nossas vidas) estar no Novo Testamento, a partir dos ensinamentos de Jesus, no antigo testamento encontramos diversos fragmentos que podem ser úteis para compreender e facilitar esse processo "salvívico". Afinal, o próprio Jesus utilizou esse artifício em seus procedimentos didáticos.
Na passagem ora citada, podemos compreender que Deus está no nosso lado mesmo nos momentos mais díficeis ou nas missões mais complicadas.
Para Moisés, tirar todo o povo judeu do Egito, sem recursos e com a discordância do Faraó, era uma missão extremamente complicada. Mas Deus se mostra a Moisés num fenômeno sobrenatural para mostrar-lhe que nada é impossível. Seja a sarça queimar e não se consumir, seja libertar o povo escravo das mãos do opressor.
Então, confie em Deus, pois mesmo o que parecer impossível pode se tornar plausível. Mas não basta confiar. Como fez Moisés, quem quer o que parece ser impossível, tem de arregaçar as mangas, trabalhar e tornar o impossível possível.