Qualquer que seja o modelo, o deputado vai continuar ganhando a mesma coisa, com os mesmos assessores, com a mesma verba de gabinete, com os mesmos luxos, com as mesmas indicações políticas para funções públicas que deveriam ser técnicas, enfim, com a mesma gastança. O que o povo precisa é de uma mudança na gestão do dinheiro público e respeito pelos seus verdadeiros anseios.
Ninguém aguenta mais pagar tanto imposto e não ter quase nada de volta. Ninguém aguenta mais ver o dinheiro publico sendo gasto sem critério e de forma irresponsável. Ninguém aguenta mais essa falta de transparência. Ninguém aguenta mais a morosidade da justiça. Ninguém aguenta mais ser assaltado por um pivete. Ninguém aguenta mais ver o pivete sendo preso e depois solto quase imediatamente. Ninguém aguenta mais pagar imposto e ainda ter que pagar mensalidade escolar, plano de saúde ou seguro de carro porque não temos escola, hospital ou policia de qualidade. Ninguém aguenta mais andar em ônibus lotado e com trânsito engarrafado. E mais um monte de coisas.
Ou seja, o que o povo realmente quer é uma gestão pública eficiente. O fim da impunidade. Transparência. Precisamos de deputados que fiscalizem as ações do executivo. Deputado não pode indicar cargos no executivo, porque senão ele não vai fiscalizar. Isso é óbvio! O poder executivo não pode promover lazer ou fazer publicidade enquanto existirem pessoas na fila do hospital ou pessoas morrendo de fome ou de dengue. O ladrão ou homicida ou corrupto tem que ser condenado e cumprir a sua pena. Ser condenado a 30 anos e ficar apenas 5 em regime fechado é uma afronta ao senso popular.
São essas coisas que precisam ser mudadas. Temos que ter orgulho de pagar impostos. Senão deixe-nos cuidar do nosso próprio dinheiro. Posso assumir integralmente minhas despesas. Mas devolvam pelo menos o imposto de renda que eu pago. E posso garantir que não é pouco.
Por fim, acho que o Brasil deveria declinar e não fazer mais copa do mundo ou olimpíada. Pelo menos a olimpíada, já que os estádios da copa estão prontos e o dinheiro já foi para o rolo. Não temos nem dinheiro e nem competência para fazer essas coisas sem prejudicar as funções públicas que são realmente essenciais.