quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Futebol eletrônico


Terceira rodada do primeiro turno. Campeonato Brasileiro de 2013. O jogo é entre Santos e Internacional, na Vila Belmiro.
15 minutos do primeiro tempo. Neymar avança pela esquerda e recebe um lançamento milimétrico feito pelo meiocampista Gabriel. Na dúvida e seguindo a nova regra do futebol, o bandeira manda o jogo seguir. Neymar está cara a cara com o goleiro Muriel. O craque santista dá um drible de corpo e bate forte contra o gol. A bola bate no travessão, quica próximo a linha e volta. Tranquilamente, Muriel que voltava para sua meta, dá um pequeno salto e pega a bola com as mãos.
Terminada a jogada, o bandeira sinaliza e o juiz paraliza o jogo. Suspense. Juiz e bandeira se dirigem à mesa para rever o lance pelos monitores de televisão. Educadamente os jogadores esperam dentro do campo. A torcida fica em silêncio.
Não há dúvida. As imagens não mentem. No primeiro lance, Neymar não estava impedido. No segundo lance, a bola bate no travessão e quica dentro do gol.
O Juiz, pouco menos de um minuto depois, vai ao centro do campo e pelo microfone comunica sua decisão: Gol do Santos! A torcida vibra com os jogadores do peixe enquanto os jogadores do Inter, resignados, se preparam para reagir na partida.”

Sem os recursos da televisão, provavelmente os dois lances acima narrados gerariam discussão durante semanas. Os comentaristas de uma televisão sacrificariam a arbitragem, enquanto a concorrência pediria tolerância, por se tratar de um erro milimétrico. Vale a pena manter o futebol a mercê dos erros e malandragens? Até quando teremos que agüentar nosso time perdendo um titulo ou jogo por erro de arbitragem? Até quando agüentar os “campeões morais”?

A revolução moral que o Brasil precisa poderia começar pelo futebol, esporte mais popular do país.
Porque não adotar a alta tecnologia na arbitragem?
Todos os jogos das duas primeiras divisões nacionais são transmitidos por dezenas de câmeras. As emissoras já dispõem de tecnologia para dizer ao vivo se um lance foi ou não válido. Então, utilizemos a tecnologia a nosso favor.
Nos contratos de transmissão já poderia ser previsto a prestação do serviço para a CBF. O aumento do custo seria muito pequeno e seria compensado pelo aumento do interesse do publico em um futebol honesto. Erros poderiam continuar acontecendo? Certamente, mas em número muito inferior do que acontece hoje, quando a cada rodada os comentaristas e torcedores nadam de braçada sobre os erros de arbitragem, questionando até a superioridade dos times que estão na frente da tabela, ou o choro daquele que está prestes a ser degolado.

A CBF poderia iniciar esse processo. Faria um bem enorme para o país e nos colocaria na vanguarda. Para o povo, mais uma razão para ser honesto.
Diminuiriam as discussões? Não me importo. Prefiro a honestidade e a certeza que meu time ganhou ou perdeu tão somente no mérito esportivo.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Aborto e contradição


José Temporão e Sara Gomes se conheceram em Portugal em meados do século 20.
Já casados, no inicio de 1951, Sara ficou grávida.
Católica, em nenhum momento Sara pensou em praticar o aborto, apesar das dificuldades financeiras que afetava a família Temporão.
Em 20 de outubro daquele ano, nasceu José Gomes.
Pouco menos de um ano depois, o casal resolveu se mudar para o Brasil. José Gomes tinha por volta de 1 ano de idade.
José Gomes, cresceu, estudou, e para alegria de sua mãe, virou médico. Junto com sua mulher, também médica, teve 4 filhos.
Em março de 2007, José Gomes atingiu o ápice de sua carreira: virou Ministro da Saúde.
Uma de suas bandeiras: o aborto. “É questão de saúde pública”, dizia o então ministro.
Dona Sara ficou muito triste com o filho, mas isso não fez José Gomes mudar de idéia.
Ainda assim, Dona Sara amava seu filho e rezava por ele todos os dias.
Mas essa história poderia ter tido outro final...

Por uma questão de saúde pública ou por qualquer outro motivo, a jovem senhora Sara Gomes poderia ter optado por abortar aquela criança.
O resultado: José Gomes não teria conhecido o Brasil, não teria virado médico, não teria se casado, não teria tido os 4 filhos que tem  e não teria sido Ministro da Saúde. Simples assim.

Felizmente, Sara nunca pensou nessa idéia e José Gomes está aí, cheio de histórias para contar para seus 4 filhos e para seus netos.

Será que sabendo disso, José Gomes manteria sua opinião?
Aborto: depois que se nasce é fácil defender essa idéia.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Fé em Deus, fé na vida...

Para quem não acredita em Deus, pare de ler aqui e até o próximo post.
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Se você resolveu ler o resto do post, ou você é curioso ou Deus é uma questão que paira sobre a sua vida, na qual você tem necessidade de abordar.
Para os que são apenas curiosos, peço que respeitem minha opinião e abra seu coração para a possibilidade de mudar de idéia, e passar para o outro grupo. Vamos ao que interessa.
Houve um tempo em que  Deus e ciência pareciam coisas conflitantes. Alguns cientistas tentavam mostrar que a criação partiu de uma série de eventos naturais e que não havia a mão divina nisso. Dando ré na história da humanidade, chegaram ao Big Bang. Uma explosão que expandiu toda a energia existente no universo e que gerou o mundo como conhecemos hoje (ou achamos que conhecemos). Alguns religiosos, por sua vez, interpretando do seu modo o que consta literalmente escrito na Bíblia Sagrada, se apegavam ( e continuam se apegando) a criação do mundo nos moldes relatados no livro do Gênesis (Adão, Eva etc.).
Jesus Cristo, uma pessoa comum, como você que está lendo esse blog, nos mostrou que Deus era algo que estava muito além dessas discussões. Mostrou que perto de Deus, o Big Bang não passa de uma bombinha, dessas que estouram na festa junina. Mostrou que precisavamos entender que o Deus verdadeiro era muito mais do que aquele que aparece dialogando com Adão e Eva no Jardim do Éden. Ao mesmo tempo, mostrou que esse Deus enorme pode caber dentro de cada um de nós.
É nesse Deus que eu creio. O Deus do amor, da fraternidade, da solidariedade, da família. Ponto. Envolver Deus em quaisquer outras discussões é desnecessário. As pessoas precisam saber que Deus não comporta discussões, muito menos adjetivos. Portanto, esqueça essa balela de que Deus é Fiel, Deus é onipresente, Deus é isso, Deus é aquilo. Deus é Deus. Deus é o que é. E ponto. Sem definições. Sem discussões. E é esse Deus que não comporta adjetivações que encontramos a esperança, a força nos momentos de angustia e a alegria nas vitórias alcançadas.
Outra coisa, religião é tudo aquilo que envolve a relação do homem com Deus ou com sua espiritualidade (a espiritualidade do homem, claro). Portanto, não há como afastar uma coisa da outra. Falou em Deus, falou em religião. Por definição. Se você pensa diferente, está com um conceito errado de religião.E talvez com um conceito errado de Deus.
Para resolver essa questão, Jesus Cristo incumbiu a Pedro e a seus apóstolos a tarefa de organizar os fiéis em uma igreja (religião), dentro dos seus ensinamentos sobre Deus: A Igreja Universal. As outras religiões cristãs, são todas derivadas da Igreja Católica (Universal). Um exemplo disso é que a Bíblia, coletânea de livros organizada pelos católicos, serve de referência a todas as outras igrejas cristãs.
Permaneço e sou coerente com a minha fé. Acredito em Deus. Tenho a necessidade de estar em uma religião. Logo, faço parte da igreja organizada por Cristo e seus primeiros seguidores. Acredito no amor pregado por Jesus Cristo, certo de que o Espírito de Deus que pairava sobre as águas no dia da criação, e que encheu os apóstolos no dia do Pentecostes, continua pairando sobre a minha vida.
Sei que não estou sozinho. Apenas gostaria que as pessoas que não pensam como eu simplificassem as coisas. Simples como Jesus Cristo era simples. O mal do mundo é que conseguem complicar as coisas, se esquecendo das mensagens simples passadas no Sermão da Montanha. Alguns buscam justificar suas atitudes e seus fundamentos em outras partes da Bíblia, sem entender sua organização e a necessidade daqueles textos no livro sagrado. Fundam igrejas, como trocam de roupa, apenas porque não concordam com a interpretação de quem organizou o livro.
Tenho esperança que a Igreja Católica voltará a ser a Igreja Universal organizada por Jesus Cristo. Da minha parte, estou de braços abertos para conversar sobre o assunto. Faço tudo para mostrar as pessoas como penso e como vivo. Não critico nenhum irmão que não pertença a minha igreja. Ao contrário, comemoro quando vejo algum que não tinha fé nenhuma ou tinha uma fé torta participando dos encontros e cultos de alguma igreja cristã, qualquer que seja. Deus é um só. E é melhor estar do lado dele. Apenas lamento não ter tido a oportunidade ou a sabedoria necessária para trazê-lo para o meu lado.
Por fim, se você busca Deus, mas não quer discutir religião, se concentre tão somente na mensagem central dos ensinamentos de Jesus Cristo: ame. Simples assim. O resto acontecerá naturalmente. Até a próxima.

domingo, 28 de outubro de 2012

Democracia ameaçada

Depois de diversas tentativas, o PT assumiu o poder executivo federal em 2002, com a eleição do presidente Lula. Nada mais natural e saudável em uma democracia que a alternância de poder. Saiu o grupo de FHC e entrou o grupo de Lula.
Participei desse processo, ajudando eleger Lula presidente do Brasil.
Não obstante alguns erros no percurso, o presidente Lula conseguiu manter a política econômica de seu antecessor, ampliando, contudo, a distribuição de renda, através de programas populares, como o bolsa-família. Aparentemente, ao menos do ponto de vista dos mais pobres, o Brasil melhorou.
O que vemos, 10 anos depois, contudo é um cenário que não beneficia em nada o processo democrático: a instalação de uma ditadura, na qual o ditador é um partido político.
O PT dispõe em suas mãos a presidência da republica e comanda as votações tanto na Câmara como no Senado. E para completar escolheu 8 dos 11 ministros da suprema corte.
Em decorrência disso, tem condições de fazer o que quiser no pais.
O julgamento do mensalão que envolveu a condenação de algumas figuras emblemáticas do partido poderia ter o condão de dar uma guinada nessa história. Mas ao menos nos próximos 2 anos não acredito que gere qualquer efeito político, justamente pelo poder que o partido tem de abafar qualquer levante, de quem quer que seja.
Precisamos mudar as regras que propiciaram o desenho desse quadro, para o bem da democracia.
O pais necessita urgentemente de melhorar seus mecanismos de freios e contrapesos imaginado por Montesquieu, para que o partido não engula a democracia brasileira.
Um bom começo seria a mudança na forma de escolha dos ministros do STF. Hoje, o chefe do executivo escolhe quem vai assumir um cargo de ministro no poder judiciário. Por mais que os escolhidos sejam livres para agirem e votarem como quiserem, sempre pairará uma nuvem de desconfiança sobre os julgadores. Que o digam os votos de Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski no emblemático julgamento do mensalão.
Acho que o certo seria o próprio poder judiciário, através de seus quadros de magistrados, definir os ocupantes das cadeiras na instância constitucional.
Outra boa solução seria reduzir o número de membros do poder legislativo. Tem gente demais fazendo coisas de menos. Se tivéssemos um quadro mais enxuto, qualificado e com assessoria profissional, sem os cabides de empregos que hoje existem, certamente o legislativo funcionaria melhor. Um reflexo disso é que muitos projetos viram leis apenas por acordo de lideranças, em total desrespeito aos critérios de escolha dos parlamentares.
O Brasil tem condições de dar certo. Só precisa saber se livrar de suas armadilhas. E o PT talvez seja a maior delas.



sábado, 27 de outubro de 2012

Eleições em São Paulo.

Não voto em São Paulo. Graças a Deus.
Ter de escolher entre Haddad e Serra seria um martírio.
Fernando Haddad é mais uma criação do ex-presidente-que-não-sabia-de-nada, Luis Inácio Lula da Silva.  Imagino que não conseguiria ir ao banheiro sem perguntar previamente ao seu mentor. O único projeto importante que tentou tocar, deu errado (o velho e bom ENEM). Consegue ser pior que aquela loira que trocou o senador pelo pegador argentino.
José Serra não transmite confiança. Quem o conhece pessoalmente fala que é uma pessoa arrogante e extremamente centralizadora. Cheia de chiliques. Não consegue completar um mandado, pois abandona um projeto politico para ir para outro. Ainda tem aquela história da privataria tucana.
Como PT e PSDB tem a mesma base ideológica, inspiradas em Gramsci, segundo Olavo de Carvalho, nem essa vertente facilitaria a escolha.
Votar nulo ou em branco apenas transferiria para os outros o direito de escolha.
Pense numa tarefa complicada. Melhor tomar uma cerveja...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Política brasileira

Sou uma pessoa objetiva e que gosta de simplificar as coisas. Com a minha visão sobre a política brasileira não é diferente. Guardadas as devidas proporções, o que acontece em uma cidade pequena do interior é o mesmo que acontece a nível nacional.
Imaginem duas ou três pessoas com perfil de líder mas que possuem alguma divergência entre si. Cada um desses lideres começa a formar seu grupo a partir da sua empatia. No momento eleitoral, cada um desses grupos toma uma sigla partidária para si e se lança na campanha eleitoral. Simples assim. Ideologia? Prá quê? Fidelidade? Nem pensar. Coerência? Deixa prá lá....
A nível nacional, guardadas as devidas proporções é do mesmo jeito.
Por isso vemos pessoas mudando de partido como se troca de roupa. Vemos alianças regionais que provocariam arrepio nos lideres nacionais.
Na ultima eleição municipal, o candidato a prefeito de Pium-TO pelo PT, um empresario, nunca votou no Lula, muito menos na Dilma. Em diversas cidades, o PT era aliado do PSDB, como é o caso da cidade de Paulista-PB e outras centenas de cidades.
O fator político mais importante é o dinheiro. Uma campanha eleitoral não se faz sem dinheiro, salvo rarissimas exceções. Por tal razão, quem é quebrado, mesmo sendo uma liderança nata, só conseguirá algum sucesso político se juntar-se a algum grupo já formado ao redor de outro líder.
O espelho disso é o presidencialismo, na qual uma pessoa é o centro do poder executivo. Outro é o comportamento dos candidatos a deputado ou vereador. Se vencem, comemoram sozinhos. Se perdem, choram isolados a derrota. Se esquecem que a eleição para o legislativo é proporcional e que a vitória é da coligação, pois geralmente o candidato não consegue mais votos que o coeficiente eleitoral. Ou seja, quem fica chorando a derrota na verdade ajudou aquele que comemora a chegada ao poder. O grupo venceu a eleição e não o candidato isoladamente. Já temos vários casos de vereadores e deputados que perderam o mandato porque se esqueceram disso e mudaram para um partido fora da coligação que o elegeu, verdadeira dona do cargo.
Por fim, outro fator que decide eleições no Brasil é a corrupção. Corrupção popular. Arraigada nas pessoas como se fosse uma coisa natural. Eleição é o momento para que muitos resolvam seus problemas particulares. Dinheiro, material de construção, passagens, tratamentos médicos são algumas das moedas usadas para vender o voto. Quem comprar, leva. Sem pudor. Sem peso na consciência de ninguém. E quem vendeu seu voto depois reclama da corrupção dos políticos.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Origem

No principio, havia um blog vazio.
As idéias pairavam dentro do meu cérebro e meu espirito estava inquieto.
Então eu resolvi escrever e, mais ainda, dar opiniões.
Nasceu esse espaço na internet.
E nunca mais eu descansei. Assim eu espero.