terça-feira, 30 de outubro de 2012

Aborto e contradição


José Temporão e Sara Gomes se conheceram em Portugal em meados do século 20.
Já casados, no inicio de 1951, Sara ficou grávida.
Católica, em nenhum momento Sara pensou em praticar o aborto, apesar das dificuldades financeiras que afetava a família Temporão.
Em 20 de outubro daquele ano, nasceu José Gomes.
Pouco menos de um ano depois, o casal resolveu se mudar para o Brasil. José Gomes tinha por volta de 1 ano de idade.
José Gomes, cresceu, estudou, e para alegria de sua mãe, virou médico. Junto com sua mulher, também médica, teve 4 filhos.
Em março de 2007, José Gomes atingiu o ápice de sua carreira: virou Ministro da Saúde.
Uma de suas bandeiras: o aborto. “É questão de saúde pública”, dizia o então ministro.
Dona Sara ficou muito triste com o filho, mas isso não fez José Gomes mudar de idéia.
Ainda assim, Dona Sara amava seu filho e rezava por ele todos os dias.
Mas essa história poderia ter tido outro final...

Por uma questão de saúde pública ou por qualquer outro motivo, a jovem senhora Sara Gomes poderia ter optado por abortar aquela criança.
O resultado: José Gomes não teria conhecido o Brasil, não teria virado médico, não teria se casado, não teria tido os 4 filhos que tem  e não teria sido Ministro da Saúde. Simples assim.

Felizmente, Sara nunca pensou nessa idéia e José Gomes está aí, cheio de histórias para contar para seus 4 filhos e para seus netos.

Será que sabendo disso, José Gomes manteria sua opinião?
Aborto: depois que se nasce é fácil defender essa idéia.

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