domingo, 29 de setembro de 2013

Nada mudou.

Com o fim dos protestos de rua, chegou a hora de fazermos um balanço.
E a conclusão é terrível: Nada mudou.
As armadilhas legais impedem mudanças mais rápidas nas leis. E sem mudar as leis, nada se altera.
O que não depende da lei está na cultura do povo, no modo que as pessoas acham que devem agir.
E isso também não se altera de uma hora para outra.
Nos resta esperar o ano que vem e aguardar para que as pessoas aprendam a votar. Parem de olhar para si e olhem para a coletividade.
As questões pessoais devem ser resolvidas pelos méritos das próprias pessoas. Mas no Brasil existe a possibilidade de isso ser feito pelo arcabouço político. O pior é que muitas pessoas sabem disso e pior ainda muitas pessoas usam isso para benefício próprio.
E quem se aproveita disso não vai mudar seu jeito de ser.
Não podemos votar em alguém por causa de um emprego prometido. Isso é imoral.
O voto exige responsabilidade e visão social. E quem é votado deve destacar isso antes da eleição. 
Na última eleição para deputado federal, fiquei em dúvida sobre o meu voto. Uma opção era votar numa pessoa que era da minha categoria profissional. A outra era um candidato que pregava a moralidade e que botava isso em prática. Pensando no meu umbigo, optei pela primeira opção. E me arrependi. Ele não fez nada nem por mim, nem pela população, nem pela minha categoria.
O outro, ainda bem, foi eleito (o mais votado por sinal) e tem feito a diferença, se destacando por sua atuação política.
Reconheço que errei. E não vou fazer isso de novo.
Espero que as outras pessoas enxerguem isso também.


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Crônica II - Em continuação a Crônica I (texto logo abaixo)

Esta continua sendo uma história de ficção. Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais será uma deliciosa e mera coincidência.

"Arraial dos mosquitos, 5 de setembro de 2013.

Cena I
No gabinete do prefeito, o telefone não para de tocar. Todos querem falar com o prefeito. Mas ele não está. E o pior, ninguém sabe onde ele foi parar. Como um quati, o prefeito está escondido em alguma toca e não avisou ninguém para onde teria ido.

Cena II
O barulho de um carro novo, recém-comprado pelo prefeito, interrompe o sacro-silêncio da casa paroquial.
Com cara de enterro o prefeito entra sem ser comunicado e senta na mesa do compadre, quer dizer, do padre.
- compadre, quer dizer, padre, eu vim me confessar. Como você sabe eu fui eleito prefeito e a coisa tá ficando feia pro meu lado. O juiz eleitoral cassou meu mandado e ainda me condenou a uma multa enorme, que eu não sei como pagar. E prá piorar, hoje é o julgamento do TRE. Acho que eu vou dançar...
- olá meu filho. Seja bem vindo. Você estava sumido, hein. Fiquei sabendo inclusive que você foi visto participando de cultos na igreja evangélica. Será que você não veio para o local errado?
- pois é, padre. Mas agora que eu vou perder meu cargo, parece que todos meus "amigos" me abandonaram. E eu sei que o senhor não me abandonaria...
- isso é verdade. Estou aqui para receber todos os filhos pródigos de nossa cidade... Então eu vou receber sua confissão.
- confissão? como assim?
- você não veio para confessar?
- foi.
- então pode começar...
- mas padre eu vou ter que falar tudo que eu fiz?
- e também o que você não fez. Você passou 9 meses na prefeitura e nada foi feito. Depois de 9 meses sempre nasce uma criança. Aqui na nossa cidade, por falta de hospital, tem tempo que não nasce ninguém. Nada mudou. Apenas esse carro que esta aí na porta. Faça o seguinte. Vá para casa e faça um bom exame de consciência e depois volte para conversarmos.
- ora compadre, quer dizer, padre. Lá vem o senhor com essa história de novo...
E o prefeito saiu, bastante preocupado...

Cena III
Minutos depois, o possante do prefeito foi procurar seu melhor amigo e uma das pessoas que financiaram sua campanha eleitoral para uma conversa.
- Amado mestre. Seja franco comigo. Voltei ao padre para confessar e ele veio me falar de novo no tal exame de consciência. Será que eu vou ter que contar tudo que aconteceu?
- Gafanhoto, mais uma vez você está parecendo um quati. Deixe o padre de lado. Vá gastar o dinheiro que você ganhou. Alías, muito bonito o seu carro novo?
- Mas mestre, com a multa que o juiz eleitoral me deu, vou ter que vender tudo que eu tenho e ainda vai faltar dinheiro.
- Não seja burro gafanhoto! Nós não distribuimos dinheiro na eleição? Agora vá aos eleitores e pegue o dinheiro de volta. Nada mais justo...
- Obrigado mestre. Você foi franco como sempre.

Cena IV
E o prefeito começa sua peregrinação para recuperar a grana que gastou na eleição comprando votos.
A primeira parada é na loja de materiais de construção.
- Prefeito, o senhor por aqui?
- E minha passagem é rápida. Meu amigo Cândido, quero dizer Alvo, a coisa está preta. Vou precisar pagar uma multa prá justiça e não tenho um tostão furado. Você poderia me ajudar?
- Claro prefeito! Mais branco do que o meu nome. Vou ajudá-lo.
- Que bom. Sabia que eu podia contar com você.
- Eu lembro de cada pessoa que estava na carreata dos tratores. Vou te passar a lista com os endereços e você vai até eles pegar seu dinheiro de volta.
- Mas e você, meu claro amigo Cândido?
- Eu vou trabalhar, coisa que o prefeito esqueceu como se faz.
E o prefeito saiu da loja de materiais com cara de tacho...

Cena V
O prefeito, então, pega seu possante e vai até o Supermercado Ouro, onde seu companheiro de campanha já o esperava.
- Meu caro Ouro. Estou precisando de suas pratas...
- O que é isso prefeito. Você não dá nem bom dia?
- Desculpe, mas eu estou desesperado. Preciso de arrumar dinheiro para pagar a multa da justiça eleitoral. E sei que posso contar com suas pratas....
- Meu amigo prefeito, desse mato não sai quati. Quero dizer, não sai cachorro. A prata por aqui tá escassa. Desde a eleição, que as coisas não acontecem na nossa cidade. E o movimento tá muito fraco...

Cena VI
Então a fome aperta a barriga do prefeito. E ele resolve comer um chambaril na frente da prefeitura. Lá chegando, ele comenta com o empresário dono do quiosque o seu sofrimento, em busca de dinheiro para pagar a multa
- Prefeito eu tenho uma idéia. Vamos fazer uma campanha para arrecadar fundos. o MPalma Esperança!
- Para doar 7 reais, ligue 0500 2013 007
- Para doar 20 reais, ligue 0500 2013 020
- Para doar 40 reais, ligue 0500 2013 040
- Boa idéia.

Mas antes do prefeito começar a divulgar sua campanha, os foguetes começam a estourar na cidade. É o prenúncio de que o TRE tomou a decisão que cassou seu mandado. Sem saber o que fazer, o prefeito pegou seu carro novo, e como um quati, foi se esconder em alguma toca por ai.


Crônica I - publicada em 17/10/2012 - republicada em 13/09/2013 para entendimento da crônica II

Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais será uma mera coincidência.

Você decide!!!
"Era uma vez uma pequena cidade chamada Arraial dos Mosquitos, no interior de um longínquo pais localizado na periferia do planeta.
Terminada a eleição para prefeito, o candidato eleito foi procurar o padre:
- compadre, quer dizer, padre, eu vim me confessar. Como você sabe eu fui eleito prefeito da nossa querida cidade e preciso confessar meus pecados para começar bem o meu mandato.
- olá meu filho. Seja bem vindo. Fiquei muito feliz por ter um candidato católico eleito prefeito da nossa cidade. É um sinal que valores cristãos serão utilizados na condução dos destinos do nosso município...
- pois é, padre. Estamos muito felizes com o resultado das eleições.
- mas e aí, como foi a campanha?
- como o senhor sabe, a campanha foi muito dura e nós precisamos gastar muito dinheiro para conseguir vencer as eleições.
- mas meu filho, você não é rico, como arranjou essa dinheirama toda?
- compadre, quer dizer, padre, muitos amigos nos apoiaram e eu recebi muitas doações...
- mas será que seus "amigos" não vão querer algo em troca?
- é muito fácil. Basta agente arranjar uns carguinhos na prefeitura que eles se contentam...
- mas meu filho, isso abre possibilidade para desvio das verbas publicas e isso não é correto.... O salário que eles ganhariam na prefeitura não seria suficiente para cobrir as despesas que seus amigos tiveram...
- isso não é problema meu, padre. Eles ajudaram porque quiseram...
- meu filho, veja bem. Fique de olho neles. Como cristão você tem a obrigação de zelar pelas coisas do povo.
- pode deixar, padre... Será que podemos começar a confissão?
- claro. Mas você fez um bom exame de consciência, como todo católico faz?
- exame de consciência? Como assim?
- meu filho, não me faça vergonha. Antes de se confessar, os católicos precisam examinar sua consciência, reconhecer seus pecados e se redimir perante aqueles que foram ofendidos por seus atos.
- como assim? O senhor poderia me dar um exemplo?
- claro. Por exemplo. Se um candidato vence a eleição comprando o voto de um eleitor humilde, está cometendo um grande pecado.
- ah.... padre eu lembrei de uma coisa. Preciso resolver umas coisas. Depois eu volto.
- tudo bem, mas não esqueça de fazer um exame de consciência antes de vir confessar.

Saindo dali, o candidato eleito foi procurar seu melhor amigo e uma das pessoas que financiaram sua campanha eleitoral para uma conversa.
- amado mestre. Seja franco comigo. Procurei o padre para confessar e ele veio me falar em exame de consciência. O que é isso, amado mestre?
- gafanhoto, não faça como os quatis. Desça da arvore e fale qualquer coisa pro padre. Ele não vai saber que você tá mentindo.
- obrigado mestre. Você foi franco como sempre.

O prefeito eleito, então, foi para casa prá pensar no que falaria para o padre, baseado nos conselhos do seu guru. Ele sabia que rolava na cidade um boato de que alguns eleitores teriam vendido seu voto para votar nele.Mais: Ele sabia se aqueles boatos eram ou não verdadeiros. Como católico sabia que precisava falar a verdade. Mesmo que isso pudesse significar não tomar posse no cargo de prefeito.

Passados alguns dias, o padre e o prefeito eleito se encontraram por acaso na entrada da missa.
- futuro prefeito, você sumiu. O que aconteceu?
- compadre, quer dizer, padre, estou fazendo meu exame de consciência...
- meu filho, só não se esqueça que receber a comunhão em estado em pecado é um pecado maior ainda...

E agora? Qual a decisão a ser tomada pelo futuro prefeito? Você decide!
Se você acha que o prefeito eleito deve contar o que sabe ao padre, mesmo que isso possa significar a perda do mandato, ligue 0800454545.
Mas, se você acha que o futuro prefeito deve burlar sua consciência católica, mesmo que isso possa significar uma passagem para o inferno, seguindo o que seu franco amigo financiador de campanha aconselhou, ligue 0800555555.

Você decide!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Um momento de crise pode ser uma oportunidade para resolver os outros problemas, aqueles que não fazem parte do olho do furacão. 
Que vida que você quer para você? Qual o modelo de felicidade que você busca? Como cortar os cordões que não te matam mas te apertam, provocando incômodo?
Há problemas de todos os níveis. Algumas pessoas tem problemas muito maiores que os meus. Aliás, se eu começar a narrar os meus "problemas", certamente muitas pessoas vão rir. Mas são esses que me incomodam mais diretamente. E são eles que eu tenho que cuidar, ou melhor, que eu tenho que eliminar. 
Há buracos que entramos e que não tem mais volta. Nesse caso, resta tornar o buraco um lugar mais agradável. Sem esquecer de fazer uma cerca para evitar que se pule num buraco mais fundo. Aliás, todos vivemos em buracos. Uns mais fundos, outros mais rasos. Mas no topo só Deus.
E eu não tenho pretensão nem a ousadia de querer chegar até lá. No topo.
Mas eu posso tornar meu buraco mais iluminado. Transformá-lo num recanto. Como diz um velho amigo, "sempre há espaço para melhorar".
E é isso que eu vou fazer. Vou ocupar meu espaço no mundo. Na mala, aqueles que me amam tem lugar reservado. Os problemas? Vou empurrar prá outro buraco, mais fundo que o meu recanto.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Frio

Na escuridão o silêncio é predominante. O fim do sono é inversamente proporcional à quantidade de pensamentos. Até que você acorda e para de pensar. E a escuridão acaba. E o silêncio também. Por que tem que ser assim? A resposta é evidente. Mas o que será que aconteceu enquanto eu dormia. Ligo o tablet para conferir e vejo que nada mudou. Ou seja, a escuridão paralisa o mundo. Ou seria o silêncio? E se eu der um grito? Um grito certamente mudaria o cenário. Mas iam me tachar de louco. Mas não é loucura também escrever enquanto tá tudo escuro (e silencioso)?
Ligo a TV. Mas sou obrigado a baixar o volume. Primeiro, porque o silêncio exige. Segundo, porque a escuridão obriga. Mesmo assim, a TV desafia o silêncio, a escuridão e o marasmo.
O frio da escuridão e do silêncio me obrigam a pegar um cobertor. Seria o frio maior que seus companheiros? Tenho que começar de novo.
Enquanto o frio predomina, a escuridão e o silêncio namoram. O fim do frio é inversamente proporcional a quantidade de luz. E de som. Até que você acorda e corre prá pegar um cobertor. Enquanto anda, o silêncio é desafiado pelo som dos passos, que mesmo sem chinelo, ecoam pelo corredor. A escuridão não impede que eu faça nada pois eu sei aonde deixei o cobertor. Mas desafiar a falta de luz pode ser perigoso. Basta um tropeço par que o silêncio fuja e todos acordem.
Cada vez tenho menos dúvida. Não existe escuridão sem silêncio. Nem silêncio com luz.

sábado, 10 de agosto de 2013

Justiça?

Trabalho no Poder Judiciário, que tem a fama de ser lenta, morosa e desigual.
Me esforço para combater essa imagem trabalhando duro e tentando prestar o melhor serviço público  possível.
Mas meu tribunal e seus juízes não colaboram, reforçando a imagem pejorativa que a sociedade lhe dá.
Vi um processo ontem no qual o meliante foi preso em flagrante por roubo. Até aí tudo bem. Julgamento rápido. Em 3 meses saiu a sentença. 2 anos e 8 meses em regime semi-aberto, com direito a recorrer em liberdade. Ou seja, o fdp roubou uma pessoa, foi preso e voltou prá rua apenas 3 meses depois. Só 3 meses preso! Falar o quê? Defender o quê? 
Torcer para o juiz não ser assaltado pelo mesmo assaltante, que certamente em 3 meses não foi reeducado e voltará ao mundo do crime.

terça-feira, 9 de julho de 2013

E se....

E se o movimento pela moralização atingisse os desenhos animados?
- o mestre dos magos seria preso por sequestro. Nunca vi uma personagem tão sacana. Sabe como fazer a molecada voltar para casa e fica zuando da cara deles! 
- o Tom comeria o Jerry no primeiro episódio. Como é que pode um rato sacanear tanto um gato e ainda sair impune...
- o Dick Vigarista teria vencido pelo menos uma corrida. Investiu uma grana no carro dele e diversas vezes estava na frente mas preferiu trollar um adversário. Mesmo assim tinha potencial para levantar pelo menos uma taça. 
- o Homer Simpson seria demitido da usina. Constantemente ele é flagrado pelas câmeras de segurança da usina matando serviço e ainda não foi punido por isso. 
- o Popeye seria um raquítico pois espinafre é muito ruim e não tem capacidade para deixar ninguém forte. 
Haja criatividade pra tanta bobagem....

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Mais política

Ninguém quer revolução do proletariado, como pregam alguns setores da esquerda. Primeiro, porque o proletariado chegou ao poder em 2002 com o Lula e nada mudou. Desde então os sindicatos e movimentos sociais estão no comando e o que se ver é o aparelhamento do Estado, o sucateamento das boas empresas estatais e a desvalorização da classe trabalhadora. 
O que o Brasil precisa é de uma geração de empreendedores, de pessoas que queiram gerar emprego e renda e que deixem o dinheiro do governo para aquilo que realmente é importante.
Para isso, o estado tem que ser eficiente, valorizando os servidores publicos e com a diminuição drástica dos cargos comissionados; o fim das indicações políticas e das regalias e festas bancadas com o dinheiro público. Igualdade entre os cidadãos e os políticos. Transparência. Punição para os corruptos...
É tanta coisa que acho que é melhor começar de novo....

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Reforma política prá quê?

A reforma que o povo busca não é essa que estão propondo. Questões como voto distrital, voto proporcional ou voto majoritário estão em segundo plano. Qualquer modelo escolhido terá suas vantagens e suas desvantagens. Nenhuma delas tirará a dor que o povo está sentindo. 
Qualquer que seja o modelo, o deputado vai continuar ganhando a mesma coisa, com os mesmos assessores, com a mesma verba de gabinete, com os mesmos luxos, com as mesmas indicações políticas para funções públicas que deveriam ser técnicas, enfim, com a mesma gastança. O que o povo precisa é de uma mudança na gestão do dinheiro público e respeito pelos seus verdadeiros anseios.
Ninguém aguenta mais pagar tanto imposto e não ter quase nada de volta. Ninguém aguenta mais ver o dinheiro publico sendo gasto sem critério e de forma irresponsável. Ninguém aguenta mais essa falta de transparência. Ninguém aguenta mais a morosidade da justiça. Ninguém aguenta mais ser assaltado por um pivete. Ninguém aguenta mais ver o pivete sendo preso e depois solto quase imediatamente. Ninguém aguenta mais pagar imposto e ainda ter que pagar mensalidade escolar, plano de saúde ou seguro de carro porque não temos escola, hospital ou policia de qualidade. Ninguém aguenta mais andar em ônibus lotado e com trânsito engarrafado. E mais um monte de coisas.
Ou seja, o que o povo realmente quer é uma gestão pública eficiente. O fim da impunidade. Transparência. Precisamos de deputados que fiscalizem as ações do executivo. Deputado não pode indicar cargos no executivo, porque senão ele não vai fiscalizar. Isso é óbvio! O poder executivo não pode promover lazer ou fazer publicidade enquanto existirem pessoas na fila do hospital ou pessoas morrendo de fome ou de dengue. O ladrão ou homicida ou corrupto tem que ser condenado e cumprir a sua pena. Ser condenado a 30 anos e ficar apenas 5 em regime fechado é uma afronta ao senso popular. 
São essas coisas que precisam ser mudadas. Temos que ter orgulho de pagar impostos. Senão deixe-nos cuidar do nosso próprio dinheiro. Posso assumir integralmente minhas despesas. Mas devolvam pelo menos o imposto de renda que eu pago. E posso garantir que não é pouco.
Por fim, acho que o Brasil deveria declinar e não fazer mais copa do mundo ou olimpíada. Pelo menos a olimpíada, já que os estádios da copa estão prontos e o dinheiro já foi para o rolo. Não temos nem dinheiro e nem competência para fazer essas coisas sem prejudicar as funções públicas que são realmente essenciais. 

terça-feira, 18 de junho de 2013

17 de junho histórico.

O dia 17 de junho de 2013 foi um dia histórico. Jovens no Brasil inteiro foram as ruas para protestar contra a situação atual do Brasil. Tudo começou em São Paulo onde a população se levantou contra o aumento do preço das passagens de ônibus, passou pela vaia à presidente da república e culminou neste 17 de junho. Os brasileiros estão de saco cheio. Ninguém aguenta mais a forma como a coisa pública é tratada. E é contra isso que as pessoas estão revoltadas. O povo está acordando e vendo que muita coisa precisa ser mudada. E é por isso que o jovem está indo a rua. 
Alguns baderneiros tentam manchar a marcha mas os próprios manifestantes tentar abafar a bagunça. Algumas vezes não conseguem mas a imagem que passa e a sensação que se tem é que tudo seja feito da maneira mais pacífica possível.
O Brasil está acordando. Espero que isso realmente traga transformações sociais.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Amor de amor

Todos sabem que existem vários tipos de amor. Amor de Deus. Amor de mãe. Amor de pai. Amor de filho. Amor de amor. Como assim amor de amor?
Amor de amor é aquele que você não tem motivo para sentir. Milhões de pessoas na multidão. E acontece algo diferente tão somente em relação a uma pessoa. No início, você sente aquele frio na barriga. Aquela vontade de conversar; de estar junto. Se você não é correspondido, vem uma angústia, aquilo que os poetas chamam de dor na alma. E basta um beijo ou um olhar para transformar o dia. 
Amor de amor não é perfeito. Se fosse não seria amor. Pois são nas imperfeições que existe a necessidade de completar ou reparar. E é isso que o amor de amor faz. Completa. Preenche. Liberta.
Aperfeiçoa. Ou simplesmente AMA. 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Futebol

Cada vez mais, o cheiro exalado pelo futebol vai piorando. Ano passado, o Palmeiras, patrocinado pela Kia Motors, venceu a Copa do Brasil, também patrocinado pela Kia Motors. Coincidência? Se considerarmos que um time vence um campeonato nacional e meses depois é rebaixado para a segunda divisão, pode se dizer que não. Ontem, o mesmo time foi eliminado da Taça Libertadores de forma bisonha. Pareceu que bateram bom ar dentro do banheiro.
Nós, os mortais, não temos acesso aos bastidores do esporte. Mas essas desconfianças são terríveis e desanimadoras. Até quando o mérito esportivo vai ser levado para fora do foco?
De forma muito estranha, o Corinthians vai ganhar um estádio, sem ter grana pra isso. Só porque é o time do ex-presidente. Do mesmo modo, a presidente atual se revela flamenguista e na semana seguinte o time ganha o patrocínio de um banco estatal.
Quanta sujeira!
E o pior é que ficam brincando com os sentimentos das pessoas, especialmente daquelas que gostam do futebol. 
Tomara que um dia isso mude. Acho muito difícil...

domingo, 7 de abril de 2013

Gays x Cristãos?

É impressão minha, ou estão tentando criar um clima tenso entre gays e cristãos?
De um lado, os cristãos alegam que o homossexualismo tem ligação com o "coisa ruim", enquanto do outro lado o gays tentam vincular a prática religiosa dos cristãos como sendo uma coisa ignorante e preconceituosa.
Como vimos nos últimos dias, a guerra chegou à Câmara dos Deputados, mais especificamente à Comissão de Direitos Humanos, agora presidida por um Pastor Evangélico com declarações no mínimo polêmicas, para não dizer racistas e discriminatórias. Seu principal opositor: um deputado gay.
Não há no meu convívio diário nenhum gay assumido. Não posso, portanto, dizer o que eles pensam, a não ser pelos militantes radicais que aparecem na imprensa, que ao meu ver, não representam a maioria, especialmente por conta do radicalismo inflamado de suas idéias. Por outro lado, já presenciei alguns colegas evangélicos tentando defender o referido deputado pastor, pelo que imediatamente tentei mostrá-los, em vão, que tal cidadão, no que se refere ao preconceito publico contra negros e gays, é indefensável.
Sem medo de errar, posso afirmar que o radicalismo exposto pelos dois lados está equivocado. Nem a prática homossexual deve ser empurrada goela abaixo como sendo uma coisa corriqueira, muito menos a opção sexual deve ser tratada como requisito discriminatório.
Porque afirmo isso? Sinceramente, não tem uma mãe ou pai que fique orgulhosa quando descobre que o filho é gay. Ou que deseje ou eduque seus filhos remetendo-os às práticas homossexuais. Por outro lado, ressalvado aqueles que o fazem por modismo, ninguém escolhe ser gay. O sentimento natural das pessoas é ter afinidade por pessoas do sexo oposto. Algumas vezes, no entanto, essa lógica foge à regra e a pessoa sente afinidade por seus pares. Não vejo maldade ou coisa do capeta nisso. É um fenômeno excepcional (no sentido de ser uma exceção) mas absolutamente natural. Na natureza irracional também acontece isso.
Por tal razão, aquele que é homossexual não deve ser discriminado. Nem vangloriado.
Pelo outro lado, os cristãos estão esquecendo que Cristo acolheu todas as pessoas. Qualquer pensamento que venha gerar discriminação, contraria os ensinamentos do Senhor Jesus e deve ser visto como pecado.
Ou seja, os dois lados estão errados e devem ser mais tolerantes e aceitar as suas divergências. Até porque sempre existiram homossexuais e, salvo uma tragédia, os cristãos continuarão sendo uma parcela social significativa ainda por muito tempo.
Proponho, portanto, que gays e cristãos se reconheçam irmãos e se amem uns aos outros, convivendo pacificamente, sem querer impor seus pontos de vista a fórceps. Melhor, que esqueçam suas diferenças e não coloquem a opção sexual como algo que seja tão importante ao ponto de existirem conflitos entre as pessoas. Sem viadagem, é claro!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Tempestade magnética

No mínimo estranho. Dois carros na minha casa com a bateria arriada de manhã. Peguei o celular para ligar para a seguradora. Descarregado.
Seria a segunda-feira? Seria uma tempestade magnética?

Investigando as causas, todas elas tem a palavra esquecimento.
Num dos carros, uma luz foi esquecida ligada. No outro, esquecemos de andar no carro, que está de férias da UnB. O celular, não vou comentar.
Mas o que provocou tanto esquecimento?
Seria a segunda-feira? Seria uma tempestade magnética?

Sinceramente, acho que é a idade.....
Deixa prá lá...

sábado, 16 de março de 2013

Lógica social

Lógica social=desigualdade social
Quando assaltam a casa de quem tem poder, a polícia investiga com várias equipes a procura dos meliantes e o caso vira manchete no Correio Braziliense (vide edição de hoje).
Se a pessoa não tem poder, mesmo para quem mora no Lago Sul ou no Lago Norte, a perícia leva dias para aparecer, como aconteceu outro dia quando dois moradores que foram assaltados tiveram que fazer vigília na própria casa a espera da polícia técnica.
Um tempo desses meu filho foi assaltado. Os atendentes da delegacia quase não olharam na minha cara quando fui registrar a ocorrência. Apenas quando me identifiquei como serventuário da justiça, tive o privilégio de consultar um arquivo com fotos de criminosos. No posto da PM foi do mesmo jeito. O policial que escutou minha reclamação, sentado estava, sentado ficou. Não se dignou sequer em fazer uma ronda e procurar o meliante que, eu tenho certeza, morava nas proximidades do local do assalto.
Talvez por ganhar menos e pagar menos imposto, o serviço público prestado prá mim deva ser de segunda ou terceira categoria. Não deveria ser assim. Mas acho que não é isso. Acho que a questão tem mais haver com o poder. Quem manda pode determinar como as coisas devem ser feitas. Como a família assaltada ontem envolvia uma staff da presidente Dilma, certamente os poderosos foram acionados e o serviço prestado de primeira qualidade.
Se acharem os meliantes vai sair na TV. Enquanto isso, o filho da puta que assaltou meu filho continua rodando por aí falando ao celular dele e tirando onda com a correntinha de prata surrupiada.

sábado, 9 de março de 2013

Rumo a liberdade ou o abandono do conforto.

Túlio não está mais entre nós.
Acordei ontem e reparei que a gaiola tinha dormido do lado de fora da casa.
Com compaixão de Túlio e de seu companheiro Tuti corri para trazê-los para dentro de casa, preocupado com o frio que eles tinham passado de madrugada.
Mas a gaiola estava vazia.
Se eles não voltarem, nunca mais teremos o som daquele canto desengonçado dentro de casa. Nunca mais vamos levantar as 6 horas prá cobrir a gaiola. Nunca mais vamos ser interrompidos com seus gritos chamando a atenção. Nunca mais teremos o fiu-fiu avisando: "ei, estou aqui, vem falar comigo"
Tulio e Tuti vão deixar saudades.
Como será que eles estão? Livres, vão ter de buscar sua própria comida, sua própria água.
O conforto da gaiola ou a liberdade do aperto na natureza? São irracionais e optaram por voar. Se fossem racionais talvez teriam feito a mesma coisa. Que Deus os guarde, os livre das presas, lhes dê alimento e quem sabe uma nova família para amá-los.
E eu fico aqui curtindo (?) meus minutos de silêncio.

domingo, 3 de março de 2013

O que esperar do próximo Papa?

O período de transição no comando da Igreja Católica sempre leva os católicos a esperarem muito além de uma simples mudança de comando.
O mundo muda. A igreja deve estar atenta para não ficar obsoleta e fugir de sua missão principal: nortear a vida dos seguidores.
E a impressão que se tem é que tais mudanças estão ficando cada vez mais rápidas, e que a Igreja não tem conseguido acompanhar.
Uma das coisas que deve ser revista pelo próximo Papa é fazer com que o catecismo de fato reflita o que de realmente acontece dentro da Igreja.
Felizmente, muitos padres são receptivos e abertos em relação aos divorciados e aos homossexuais, o que não encontra guarita na documentação de orientação da Igreja. Uma igreja transparente e receptiva a todas as pessoas faria muito bem para a sociedade e certamente receberia a aprovação de Jesus Cristo.
Outro ponto importante é uma maior participação das mulheres no comando da igreja e a liberação para que os padres possam se casar.
Se até Pedro, o primeiro Papa, era casado, porquê não permitir que os padres de hoje também possam constituir família?
Enfim, é necessário que a igreja evolua nas questões sexuais, especialmente no que concerne ao controle de natalidade e a vida sexual dos não casados. Não há como dissociar a igreja do mundo real. E não é apenas um fato natural que deve servir de norte para dizer se uma pessoa é ou não pecadora.
Falo sempre: O foco deve ser no amor e não no pecado. Não devemos nos preocupar com os pecados que cometemos mas sim com o tanto de amor que compartilhamos.
É evidente que mudanças ocorreram. Talvez não na velocidade necessária. Mas certamente já será um começo. Um bom começo. Tal como foi a renúncia de Bento XVI, que sinalizou que a Igreja tem que mudar.

sábado, 2 de março de 2013

A Sarça Ardente

Na passagem bíblica contida no Livro do Êxodo, capítulo 3, versículos 1 e seguintes, consta um episódio ocorrido com Moisés no deserto, conhecido como a Sarça Ardente. Em resumo, Moisés pastoreava quando viu uma moita (de uma planta chamada sarça) se queimando, porém o fogo não a consumia. No meio daquele fenômeno incomum, Deus se revela a Moisés, dando-lhe a missão de libertar o povo judeu da escravidão.
Apesar de a palavra definitiva para nossa salvação (que eu prefiro tratar como uma forma melhor de conduzir nossas vidas) estar no Novo Testamento, a partir dos ensinamentos de Jesus, no antigo testamento encontramos diversos fragmentos que podem ser úteis para compreender e facilitar esse processo "salvívico". Afinal, o próprio Jesus utilizou esse artifício em seus procedimentos didáticos.
Na passagem ora citada, podemos compreender que Deus está no nosso lado mesmo nos momentos mais díficeis ou nas missões mais complicadas.
Para Moisés, tirar todo o povo judeu do Egito, sem recursos e com a discordância do Faraó, era uma missão extremamente complicada. Mas Deus se mostra a Moisés num fenômeno sobrenatural para mostrar-lhe que nada é impossível. Seja a sarça queimar e não se consumir, seja libertar o povo escravo das mãos do opressor.
Então, confie em Deus, pois mesmo o que parecer impossível pode se tornar plausível. Mas não basta confiar. Como fez Moisés, quem quer o que parece ser impossível, tem de arregaçar as mangas, trabalhar e tornar o impossível possível.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Nome do próximo papa

Quando o papa é escolhido, ele escolhe o nome que será utilizado em seu pontificado.
Com a saída de Bento XVI fica a dúvida: qual será o nome do próximo papa? Listo aqui algumas possibilidades, baseado nos últimos papas:
Bento XVII
João Paulo III
Paulo VII
Pio XIII (o preferido por Lula)
João XXIV ( o preferido do publico Gls)
Gregório XVII
Leão XIII ( o preferido de Dilma)
Clemente XV
Inocêncio XIV
Alexandre IX
Urbano IX

Outra opção é o escolhido optar por um nome inédito. Cristiano I ficaria bem bacana....

E Oscar vai para...

- o que você achou do Oscar?
- o prêmio do cinema americano?
- É!
- uma bobagem...
- mas é uma festa tão chique; tem tanta gente bonita...
- e o que você ganha com isso?
- nada...
- o que você acrescenta na sua vida assistindo isso?
- nada. Mas você tá sendo radical! Todo mundo assiste e comenta o Oscar....
- falta do que fazer. Depois não podem reclamar que a vida tá ruim. E quer saber de uma coisa?
- fala...
- vou embora prá casa, tenho que me arrumar para sair.
- vai prá onde?
- vou ao cinema com minha namorada, ver o filme que ganhou um monte de prêmios....

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Brincando com as palavras I

Letra A. Am? Am Ou ham? A! Am....
Amo, amor, a mor, a mort, a morte!
Num corte, a sorte, orte, orta, aorta, a horta, à porta!
A morte na porta. O amor na horta. Na horta? Na aorta! Na morte!
À porta da morte, a porta da morte. Sorte! Amor, amo. A. Amo a sorte. A aorta com corte. A morte. O corte. A corte. A corte que gera o corte, que gera a morte. O amor que gera a corte, que gera o corte. Falta de sorte.

Repito: a letra A. Ar. Ara. Arar o ar. A arara arando o ar. O mar. O mor. O amor. O ar. Sem ar... Cadê o ar? No ar, como a arara. Fora da aorta. Na horta. No ar, levado pela arara, que ara o ar.
No mar. Na morte.

Há! Deixa prá lá....


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Sucesso sertanejo

Depois do melô do extintor, mais um sucesso do grande compositor Big Cris!

Eu não pego ninguém!

Refrão:
De dodge ram eu vou
De camaro também
Mas tem um probleminha
Eu nao pego ninguém!
Pego ninguém, pego ninguém,
Eu não pego ninguém
Não pego nem piolho
Eu não pego ninguém


Eu saio todo dia
Vou pra qualquer balada
Paquero o dia inteiro
Até de madrugada

Mas as minas não querem
Nem olham para mim
Será que eu sou feio?
Alguma coisa assim?

(Refrão)

Comprei um RayBan
E um tênis importado
Meu carro é sempre lindo
Com o som sempre ligado

Mas quando eu chego perto
A mina vai embora
E eu fico só no vácuo
Pensando: "e agora?"

(Refrão)

A turma sacaneia
Dizem que eu sou BV
E eles tem razão
Só sobra prá você

Nem branca, nem morena,
Nem negra ou ruivinha
Eu não pego ninguém
Nem mesmo a mais feinha

(Refrão)

A gordinha me esnoba
A baixa sacaneia
Vivo levando fora
Até de mulher feia

Nem mesmo as mendigas
Querem ficar comigo
Se dou uma mexidinha
Tô correndo perigo

(Refrão)

Eu sempre tomo banho
Com roupa bem limpinha
Ando sempre cheiroso
Carteira bem cheinha

Mas não vou desistir
Vou continuar tentando
Nem que seja uma gripe
Vou acabar pegando

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Vamos lá. Escrever não é fácil. Você precisa dominar a língua, gostar de palavras e ter inspiração. Tem dia que tudo se encaixa e em 5 minutos você atinge seu objetivo. Há dias, porém, que você fica olhando horas para a tela do computador e nada vem na cabeça. Normalmente, nesses casos, eu desisto. Hoje, fiquei intrigado com isso. Será que eu não consigo falar sobre nada? Liguei e desliguei o tablet umas 3 vezes. E nada. Ai veio a idéia.
Escrever é transferir para o texto o sentimento do momento. Quando tem um assunto, fica mais fácil. Pensei, por exemplo, em escrever sobre o carnaval. Achei que seria óbvio e por consequencia massante. Na última tentativa, resolvi escrever sobre o ato de escrever. E estou escrevendo. E não disse nada ainda, mas já escrevi 133 palavras. Parece fácil, então tenta contar até 133. 143 com o primeiro 143. Esquece...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Força é só uma característica física?
Ou seria um modo de superar a inércia?
Esperança tem alguma coisa haver com esperar?
Ou seria esperar com confiança?
E se eu misturar Força com Esperança?
O resultado pode ser:
Forcerança, Forçança, Forespera, Foes ou apenas FÉ!
Ou seja, Fé é ser forte e ter esperança. Força para superar as dificuldades. Esperança por dias melhores.
Que meus amigos não percam a Fé. Nem a força. Nem a esperança.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A vida

A Vida? Ar. Pulmão. Choro. Carinho. Mãe. Sorriso. Água. Banho. Notícia. Pai. Sorriso. Choro. Leite. Arroto. Sono. Choro. Sorriso. Sorriso. Berço. Cólica. Choro. Sorriso. Sorriso. Vida. Curiosidade. Choro. Sorriso. Dente. Passo. Tombo. Palavras. Mundo. Choro. Sorriso. Lápis. Massinha. Escola. Aula. Teste. Prova. Férias. Passeio. Viagem. Brincadeiras. Choro. Sorriso. Amigos. Brigas. Abraços. Sorrisos. Beijo. Beijos. Sonhos. Estágio. Cursinho. Sorriso. Vestibular. Tombo. Universidade. Aula. Teste. Trabalho. Prova. Férias. Namorada. Diploma. Noiva. Emprego. Carro. Casamento. Sorriso. Filhos. Sorrisos. Casa. Vida. Cerveja. Churrasco. Passeio. Viagem. Trabalho. Trabalho. Trabalho. Dúvidas. Certezas. Erros. Acertos. Férias. Netos. Sorrisos. Aposentadoria. Sorriso. Tédio. Depressão. Melancolia. Preocupação. Dor. Doença. Cura. Amizade. Deus. Igreja. Televisão. Choro. Sorriso. Hospital. Exame. Choro. Visita. Despedida. Vida. Morte. A Vida! Não necessariamente nesta ordem....

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Mundo real

Por que precisamos viver num mundo que não é o nosso mundo?
O planeta é esse mesmo mas a vida é totalmente artificial, falsa.
Tá todo mundo endividado e as pessoas continuam gastando. Parece que tem prazer em ter dívidas e preocupações . Quanto mais as pessoas ganham mais elas gastam. Melhor, as pessoas sempre gastam mais do que ganham. E tudo mundo vive de aparência. E tudo mundo vive feliz. Ou finge que é feliz. A minoria poupa; a maioria ostenta. Você anda nas ruas e todo mundo tem celular. Quanto mais caro melhor. O cara gasta o que ganha num aparelho que tem prazo de validade. Por mais caro ou melhor que seja. O carro tem de ser o melhor, não importa o tamanho da prestação. Que mundo falso é este?
Papai noel não existe. Coelho da páscoa, também não. Não existe diferença do dia 1 de janeiro para o dia 14 de abril ou dia 19 de julho. Então, por que fazem festas no dia 1 de janeiro? Não muda nada quando o ano muda. Ou quando o século muda. Isso é só um padrão que alguém adotou e que você segue. No dia do seu aniversário você envelhece o mesmo tanto que hoje ou que ontem. Não tem diferença.
A cor da sua roupa não faz a menor diferença. Um pedaço de pano pendurado no seu pescoço não faz a menor diferença. Mas para a sociedade idiota se você está de gravata você será mais respeitado do que se você tiver de uniforme ou de calça de algodão, camiseta branca e chinelo de dedo.
Não existe sorte. Não existe azar. Existem as pessoas e as circunstâncias. E existem os caminhos que as pessoas escolhem que vão definir o que vai acontecer.
Destino também não existe. Eu e você podemos traçar a nossa própria vida. Pare de medos. Pare de preconceitos. Apenas viva. A cura do stress está na respiração. Ninguém precisa de psicólogo ou de psiquiatra. Basta respirar. Quanto mais puro o ar melhor. Livre-se dos seus medos. Dos seus traumas. Encare os problemas de frente.
Seria melhor se pudéssemos andar todos nus. Sem máscaras. Sem estereótipos. É assim que nascemos. É assim que apodreceremos no fundo de uma cova. Pelados. Sem preconceitos.
Para de ser babaca e vai viver a vida. Economize. Gaste depois de ganhar e só o que você ganhar.
Xingue. Reclame. Sorria. Respire. Respire. A dor de cabeça vai passar; é só você respirar.
Esqueça o relógio. Esqueça a porra do telefone celular. Fale pessoalmente. Troque impressões. Seja verdadeiro. Mude o mundo. Ande pelado. Tome um banho gelado.
Pronto. Falei. Não tem muito nexo, mas eu falei. E se não gostou, o problema é seu!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Copa do mundo.

Parece que a FIFA esqueceu qual é a essência do futebol, aquele esporte simples, com poucas regras e que encanta a maioria das pessoas. Todas as vezes que os executivos da entidade vêm ao país ficam pressionando o governo para que os estádios fiquem prontos logo, que tudo saia do papel.
Mermão, aqui é Brasil! É nóis!!!
Não tenho dúvida nenhuma que a copa do mundo vai acontecer. Se acontecem os campeonatos estaduais ou o brasileiro, então os jogos da FIFA também vão acontecer. Parem de paranóia. Quando escolheram o Brasil sabiam o que era o Brasil. Não veio um país do espaço e embarcou no planeta com o nome do Brasil. Aquele Brasil que estava no papel do sorteio é o mesmo que já está aqui desde sempre.
Portanto, todo mundo sabia que o Brasil é assim. Temos o jeitinho brasileiro, a cultura de se dar bem sempre, de enrolar os outros, o caixa 2. Então não queiram um país diferente. Esse é o Brasil. E é desse jeito que vamos sediar e executar a próxima copa, com muito futebol e muita alegria.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Mistério...

Não sei do que se trata, mas nesse final de semana voltou a acontecer comigo uma situação diferente. Várias vezes fico com a impressão de ter recebido alguns sinais sobre eventos que ainda iriam acontecer.
Explico. Várias vezes eu acordo com frases na cabeça, aparentemente sem nexo, mas que depois passam a fazer sentido com fatos que acontecem depois.
Nesse final de semana, estava na zona rural, sem telefone e sem televisão ou rádio. Como dizem, isolado do mundo. Na manhã de domingo, acordei com duas coisas na cabeça. A primeira delas era como se eu tivesse discutindo com pessoas sobre Nossa Senhora. Eu afirmava para as pessoas respeitarem Maria e ainda dizia, Maria, não, Santa Maria. Alguns instantes depois, sem qualquer razão, lembrei de um processo que eu trabalhei com ele no qual o sujeito teria botado fogo na própria casa.
Acordei com aquelas coisas aparentemente sem nexo e que se perderam no decorrer do dia.
Quando cheguei em casa a noite, fiquei sabendo sobre a tragédia ocorrida na boite em Santa Maria/RS, que teria pegado fogo.
What porra is that? Pode ser coincidência e coisas da cabeça da gente. Mas, no mínimo, é muito estranho....
Por falar nisso, que Deus conforte as famílias nesse momento tão trágico; que as autoridades tomem providências para impedir que novas tragédias dessa proporção voltem a acontecer.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Você sabia?

Que para identificar uma aranha viúva negra, basta virá-la de costas e observar se tem um desenho em forma de ampulheta (dois triângulos se tocando por uma das pontas) na cor vermelha?
Que para saber se um ovo está podre é só colocá-lo em um copo com água; se boiar, lixo?
Que os escorpiões brilham no escuro?
Que Adolf Hitler se matou tomando barbitúricos e que para ter certeza de que morreria deu um tiro na própria cabeça, dentro de seu banker em Berlim? Que em seguida teve seu corpo carbonizado?
Que o Papa Bento XVI e Adolph Hitler nasceram em cidades vizinhas?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Música para o próximo carnaval

Aproveitando que o carnaval está chegando, Big Cris dá sua contribuição para melhorar as músicas do carnaval. Rebaixei meu QI para 37 e comecei a escrever.

Melô do extintor

Ê ê ô, é o melô do extintor
Ê ê ô, é o melô do extintor
Ê ê ô, é o melô do extintor
Ê ê ô, é o melô do extintor
( tem que repetir várias vezes para poder pegar mais rápido)

Se a menina está com fogo
Pega o extintor, pega o extintor
Se o moleque quer ir logo
Pega o extintor, pega o extintor

Essa é a dança do extintor
Que apaga o seu fogo e também do seu amor
Essa é a dança do extintor
Que apaga o seu fogo e também do seu amor

Ei você aí na pipoca
Cuidado com a minhoca, cuidado com a minhoca!
Ei você aí na pipoca
Cuidado com a minhoca, cuidado com a minhoca!

Essa é a dança do extintor
Que apaga o seu fogo e também do seu amor
Essa é a dança do extintor
Que apaga o seu fogo e também do seu amor

Vai menina, vai descendo até o chão
Cuidado pro extintor não pegar no popozão!
Vai menina, vai subindo sem parar
Cuidado pro extintor você não apaixonar!

Essa é a dança do extintor
Que apaga o seu fogo e também do seu amor
Essa é a dança do extintor
Que apaga o seu fogo e também do seu amor

Pronto! É só gravar e botar em cima do trio ( não esquecer de criar uma dancinha )! Kkkkkkkk!!!!!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Azul ou verde?

- É azul!
- Não sua anta, é verde!
- Você não tá vendo que é azul? Tá cego?
- Cego é você com esse fundo de garrafa... Tá na cara que é verde!
E o clima foi ficando pesado. As ofensas aumentando de forma diretamente proporcional ao aumento de voz dos dois idosos.
Geraldinho e Mundico nasceram na mesma cidade mas só se conheceram na época da construção da usina de Furnas, onde trabalhavam como pedreiro. Foram transferidos juntos para Brasília e ganharam casa do governo na mesma época. O destino quis que fossem vizinhos. Depois de aposentados, passavam as tardes jogando dominó na praça.
Agora estavam ali, gritando, defendendo seus argumentos.
As pessoas ao redor da mesa ficaram assustadas. Em certo momento, tentaram apaziguar os ânimos. Mas já era tarde.
Mesmo os mais de 40 anos de amizade não foram suficientes para encerrar o caloroso debate.
- JÁ FALEI QUE É AZUL!
- É VERDE E PONTO FINAL!
Decidido a encerrar a discussão, sobre o qual ninguém na mesa de dominó estava entendendo a razão, Mundico resolveu ir embora. Só que sua raiva, misturada com a falta de reflexos, fez com que ele tropeçasse na mesa, que virou por cima de Geraldinho. Para piorar, a cadeira de plástico de Geraldinho quebrou a perna, fazendo que ele fosse ao chão. Mundico, instantaneamente, caiu por cima, de tal modo que a cabeça dele bateu na cabeça do amigo, ora desafeto.
Desmaiados e com sangramento na testa, lá estavam Geraldinho e Mundico como que abraçados, porém inertes.
Após o instante de silêncio, começou a correria. A turma acudia a dupla enquanto um deles ligava para o SAMU.
Em pouco tempo, já estavam no hospital. O diagnóstico foi o mesmo: traumatismo craniano.
Os dias se passaram e Geraldinho e Mundico voltaram para casa. Curados. Só não se lembravam o que motivara suas internações. Isso não impediu que ficassem sem se falar.
Iam praticamente juntos para a praça. Continuaram jogando dominó. Mas não trocavam uma só palavra. Mesmo sem saber o que os levara àquela fatídica discussão.
Um dia um amigo comum deles resolveu tocar no assunto:
- E aí mundico, afinal, é azul ou é verde?
- o que o Geraldinho acha? - respondeu Mundico.
- ele acha que é azul...
- então é verde!
- o que que é verde Mundico?
Mundico pensou. Geraldinho, que só escutava a conversa, também pensou.
Nenhum deles sabia o que era.
Então Geraldinho interpelou:
- eu não sei o que era. Mas eu tenho certeza que era azul!
- Não, era verde!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Vô João

Parabéns Vô, onde quer que você esteja. Tenho muitas lembranças suas. Sua careca que o caracterizava, substituído pelos bonés que ficavam pendurados na parede da cozinha. Lembro que, na maior boa vontade, uma vez lhe dei um boné colorido. Com a maior educação, recebeu o presente mas nunca usou. Tempos depois minha vó disse a razão: muito moderno prá ele...
Gostava de jogar dominó e de ler. Sempre possuía aqueles livros de faroeste que eram comprados nas bancas de revistas.
Muito trabalhador, foi garimpeiro, barbeiro, dono de banca de revista e de banca na feira, vigia, eletricista entre outras tantas coisas.
Gostava de conversar e de desafiar as pessoas com charadas.
Obrigado Vô! Sua forma carinhosa de tratar os netos serão eternamente lembradas por nós.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Solução para o entorno

Olhando o mapa do Brasil, imaginamos todos os cidadãos brasilienses morando dentro do quadrilátero conhecido como Distrito Federal.
Mas nem todos que decidem viver por aqui conseguem fazê-lo, especialmente pela questão financeira. Morar no DF é muito caro. A solução é sair dos limites do DF e se instalar em um dos municípios limítrofes localizados no estado de Goiás.
Um dos problemas dessa instalação de pessoas é que as pequenas cidades goianas não suportam tanta gente em seus domínios. Estima-se em 2 milhões o número de pessoas nessa situação. O governo de Goiás também não possibilita que suas cidades preste bons serviços públicos.
O resultado é que os moradores do entorno sofrem muito mais, mesmo pagando os mesmos impostos de quem consegue viver por aqui (no DF).
Uma solução pode ser a criação de um estado envolvendo as cidades do entorno, acrescido de algumas cidades do DF que já possuam uma certa independência para se transformarem em municípios. O DF seria reduzido e poderia se acabar ou reduzir diversos órgãos, diminuindo o custo de manutenção. Por outro lado, o estado menor poderia ser melhor administrado com a visibilidade almejada pelos moradores do entorno. O tema não é novo e possui diversos pontos controvertidos. Mas poderia ser uma boa solução para a multidão que vive no entorno e que merece ser bem servido pelo estado.

domingo, 20 de janeiro de 2013

55

"Apesar de ser o dia do seu aniversário, Bira não estava feliz. A família resolveu organizar uma grande festa, com direito a banda tocando os sucessos do passado, muito comida e bebida e a presença maciça dos amigos e parentes. Fazer 55 anos seria motivo de alegria para qualquer pessoa, menos para Bira...
Ele era o caçula de 5 irmãos. Filho temporão, Bira sempre foi mimado pelos irmãos mais velhos. Seus pais eram comerciantes no interior de Minas Gerais e mesmo quando foram saindo da cidade pequena para centros maiores, os irmãos continuaram ligados.
O motivo da tristeza de Bira era uma infeliz coincidência: seus quatro irmãos morreram aos 55 anos.
Aquele portanto, seguindo a sina familiar, poderia ser o seu último aniversário.
Nove anos depois do falecimento de sua última irmã, chegara a vez dele encarar o duplo 5.
Justificável, portanto, a apreensão sofrida por ele.
A festa corria solta. As pessoas dançavam e conversavam. Alegria total. Até Bira se contagiou. Tomou umas cervejas e estava bem solto. Cinco minutos para a meia noite, ainda fizeram uma surpresa. As luzes foram apagadas e começou a passar um vídeo, incluindo fotos antigas. Todos se emocionaram. E na virada para o dia 5 de maio de 2010, os presentes cantaram parabéns. E a festa continuou até o amanhecer do dia.
Apenas quando Bira chegou em casa, caiu a ficha. O próximo ano seria todo de angústia. Cada dia poderia ser o derradeiro. Bira completara 55 anos.
Nos primeiros dias, Bira redobrou a atenção. Seguia todos seus extintos. Não saia de casa em dia de chuva com medo de raios ou acidentes. Comia apenas em casa e da forma mais natural possível. Viagens, nem pensar. Nem na chácara, Bira ia mais, com medo de picada de cobra ou qualquer outra surpresa existente no meio rural.
Os dias iam passando e Bira seguia vivendo cada dia como fosse o último.
Aposentado, Bira podia se dar ao luxo de ficar trancafiado em casa. As tarefas da rua era cumpridas por sua esposa, que mesmo reclamando da paranóia do marido, ajudava Bira na sua missão de chegar aos 56 anos e continuar a vida normalmente.
Porém, chegou o fim do ano e não tinha jeito, Bira teria que sair de casa. Depois de muita luta, Rodrigo, filho mais velho de Bira, se formaria em Medicina.
As solenidades estavam marcadas para a primeira semana de dezembro e Bira não poderia fazer aquela desfeita com o filho.
No dia da colação de grau do rebento, Bira acordou diferente. Sabendo que não tinha como escapar, Bira resolveu encarar o destino. Saiu cedo comprou uma camisa e um sapato. Cortou o cabelo. Até almoçou no shopping, ao lado da esposa. Voltou prá casa, se arrumou e saiu com destino ao local da colação de grau do filho. Quando chegou ao auditório, todos se levantaram e o aplaudiram. Bira era conhecido por sua história. Até na TV tinha aparecido.
A surpreendente presença dele em um evento público atiçou os curiosos.
Bira tinha saído de casa.
A solenidade transcorreu dentro da normalidade. Ao final, Bira voltou para casa, são e salvo, apesar da chuva que despencou naquele fim de noite.
No dia seguinte, Bira percebeu que não adiantava ficar em casa. O que teria de acontecer, aconteceria.
Tudo se inverteu. Outrora vivendo como um ermitão, Bira agora passou a sair de casa todo dia. Marcou viagens. Voltou a chácara. Foi ao estádio e a shows. Passou a 'curtir' a vida.
O natal foi com a famîlia mas o reveillon Bira passou em copacabana. No carnaval, Bira foi para Salvador, apesar dos protestos da patroa, que achava que o marido estava exagerando.
Os dias passavam e Bira até se esqueceu que tinha 55 anos.
Até que chegou o dia 4 de maio. Faltava um dia para seu aniversário de 56. Bira não ia dar mole. Seria o primeiro dos irmãos a atingir aquela marca. Bastava chegar o dia seguinte. Resolveu voltar a se trancar em casa. Acordou, tomou café e foi para o quarto. Ficou o dia trancafiado. Só saia da cama para beber água e na hora das refeições. Meio-dia. 14 horas. 18 horas. 20 horas. 22 horas. Bira ficou com sono. Escovou os dentes. Deu um beijo na esposa. Voltou para cama. Agora para dormir. Fechou os olhos. Rezou. Lembrou dos irmãos. Caiu no sono.
...
Pela manhã, como fazia sempre, a esposa de Bira acordou cedo e foi preparar o café do marido.
Ligou a TV bem baixinho, para não acordá-lo. 8 horas. 9 horas. 10 horas. E nada do Bira acordar. Com medo do que poderia ter acontecido com o marido, Joana não quis entrar no quarto. Ligou para Rodrigo, que veio correndo. Joana e Rodrigo se abraçaram e começaram a chorar. Conheciam o medo que Bira tinha da morte. Medo que acontecesse com ele o que acontecera com seus irmãos. Enquanto choravam, criavam coragem.
Entraram no quarto e Bira estava lá, imóvel. O coração teria derrubado Bira? A sina daqueles irmãos estaria completa?
...
Dr. Rodrigo abriu a janela. Encheu o peito de coragem e foi em direção a cama do pai. No chão, um frasco de comprimidos vazia. O médico pensou o pior. Joana ficou na porta do quarto, imóvel e de olhos fechados. Já era 5 de maio. Bira já tinha chegado aos 56. Bastava que abrisse os olhos. Quando o filho se aproximou, Bira abriu os olhos.
- o que está acontecendo?
- nada pai, nada....
Rodrigo deu meia volta, abraçou sua mãe e ambos sairam chorando.
Bira ficou com cara de tacho, sem entender nada. Só então lembrou do seu aniversário... "



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Chove chuva....

Janeiro parece ter voltado ao seu padrão, pelo menos aqui no DF. Muita chuva e pouco tempo aberto. Há quem reclame. Eu, não. O tempo chuvoso é necessário para a natureza se recompor; para as relações familiares se estreitarem. Menos tempo na rua = mais tempo em casa.
Agora, é impressionante como cai água. Se essa água caísse toda de uma vez, seria uma tragédia. Ainda bem que Deus implementou esse sistema de gotejamento, senão estaríamos ferrados. Já pensou, a nuvem desabando toda de uma vez? E ainda tem gente que não acredita Nele...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Óculos

Comecei usar óculos aos 6 anos. Naquela época tínhamos exame de vista na escola (!). Em um desses exames constataram um problema na minha visão e comunicaram minha mãe. Ela marcou um exame mais detalhado e a miopia foi detectada.
Lembro com detalhes a primeira vez que sai na rua de óculos. Um mundo novo surgiu com a vista limpa. Por outro lado, logo apareceram os apelidos, que me acompanharam por muitos anos. "Quatro oi, dois di vidro, dois di boi"....
Já adulto, fiz a cirurgia a laser que corrigiu meu problema. Alguns anos antes já havia abandonado os óculos, substituídos por lentes de contato.
Passados os 40 anos de idade e 12 de cirurgia, já havia um tempo que minha visão não era mais a mesma. Voltei ao oftalmo e ele indicou novos óculos.
Ontem voltei ao seu convívio. Daqui para frente seremos companheiros fiéis novamente. A recomendação é para utilização apenas a noite ou para assistir TV. Cirurgia eu não faço mais. Então é reacostumar com o novo visual. Santa Clara, clareai!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Dilema II

Contrariando a lógica racional do post anterior e atendendo a pressão familiar fui fazer o vestibular.
Apenas transferi a data do dilema pra quando sair o resultado pois as questões expostas persistem.
O resultado da experiência foi positivo. Voltar a fazer vestibular na UnB 23 anos depois trouxe algumas sensações. A primeira foi a relação com o tempo. A grande maioria dos concorrentes não tinha nem nascido naquela época. A segunda foi fazer prova ao lado do meu filho mais velho que, como eu, ainda não decidiu o que fazer da vida.
A terceira e mais importante foi ver que ainda tenho lenha prá queimar. Posso até não ser aprovado mas fiz uma boa prova, no padrão de duas décadas atrás. Se me faltaram os conceitos, até básicos, de algumas disciplinas, sobrou raciocínio lógico e capacidade interpretativa, que me ajudou a resolver muitas questões.
Agora é esperar. Se não for aprovado, o dilema perde o sentido. Caso contrário, ressurgirá com toda força até o dia da matrícula. Abraços e até a próxima invenção. Hehe.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Dilema

Amanheci com um dilema.
Estou inscrito para fazer o vestibular da UnB. A prova é hoje. Eis o dilema. Fazer ou não fazer a prova. (Apenas lembrando que o vestibular é para Filosofia).

De um lado minha consciência diz:
- Big Cris, você já gastou a taxa de inscrição, estudou conforme suas possibilidades e tem chances de passar. Passando, você vai voltar a estudar, com chance de realizar seu sonho de se formar na UnB, e ainda vai ter outro diploma de curso superior. Você fala para todo mundo correr atrás dos seus sonhos. Então corra atrás dos seus.

De outro minha consciência diz:
- Big Cris, você já perdeu dinheiro outras vezes com taxas de inscrição e isso não faz muita diferença na sua vida. O que vai fazer diferença é você ir todo dia para a UnB, gastar dinheiro com gasolina, livros e outros materiais, durante quatro ou cinco anos, para no final ter apenas mais um diploma de curso superior que você não precisa. Vai ter que mudar sua rotina, para uma coisa que não vai ter muita utilidade. Seja racional! Se esforce com aquilo que pode realmente ser útil na sua vida.

Tô nessa....

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Bom senso

O Bom Dia Brasil de hoje apresentou uma reportagem mostrando pessoas na região dos lagos (RJ) passeando com seus carros na orla. Uns estavam bebendo, outros sem cinto, outros ainda sentados no porta malas ou em pé no carro conversível. Motociclistas passavam sem capacete. Meteram o pau no policial, que assistia a tudo e orientava os turistas, porque "não fez nada". Pugnaram pela aplicação enérgica da lei contra os infratores.
Bando de gente chata!
Há de ter bom senso. Uma coisa é o cara beber e pegar a estrada. Ou andar em alta velocidade sem cinto de segurança.
Outra coisa é dar um passeio em uma região bonita, a 10 km por hora, curtindo o visual e se divertindo.
A aplicação da lei não pode ser a mesma em qualquer circunstância. Há de ter bom senso.
Se a PM começar a multa, daqui a pouco os turistas vão embora e vai todo mundo reclamar.
Punir o PM nesta circunstância, como pediu o chatão Alexandre Garcia, seria uma tremenda injustiça.
Em qualquer balneário do mundo é assim. Há de se ter tolerância e, volto a dizer, bom senso.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Pirelli desrespeita direito do consumidor

Seu carro está com pneus velhos.
Então você vai a um revendedor Pirelli e coloca 4 pneus novos no carro, a um custo superior a 2000 reais, cerca de 500 reais cada pneu.
Em poucos dias, você percebe que um dos pneus começa a perder pressão.
Você calibra o pneu na esperança de ser um erro na montagem.
Não adiantou pois o pneu continuava baixando.
Então, você vai a um borracheiro e ele identifica que seu pneu tem um pequeno furo em um local onde não dá pra remendar, indicando ser um problema de fabricação.
Você volta a revenda Pirelli e os funcionários da loja lhe dizem a mesma coisa, que parece ser um defeito de fabricação. No entanto, dizem que você tem que comprar outro pneu enquanto eles fazem uma "perícia".
Inocentemente, outro pneu é faturado em seu nome. Os funcionários da loja indicaram que aquele era um problema comum na fabricação e você confia neles.
Dias depois, a loja entra em contato dizendo para você buscar seu pneu furado pois não era erro de fabricação mas um furo provocado por mal uso, provavelmente um buraco.
Qualquer argumento que você tenha é em vão. Você precisava de 4 pneus, comprou 5 e ficou no prejuízo. O sentimento é de que você foi enganado. Lhe disseram que era um erro de fabricação e depois uma perícia duvidosa feita por alguém que sequer é engenheiro, que trabalha para o fabricante do Pneu, desmente o que os próprios vendedores constataram e que estava evidente.
Você tem certeza que não houve qualquer problema na condução do seu carro. O mal uso de um pneu é usá-lo no dia-a-dia? Se for, realmente houve mau uso. Mas alguém usa pneu de outra forma? Alguém compra um pneu para pendurá-lo na sala de jantar ou para servir de enfeite no quarto dos filhos?
Essa história é verídica e aconteceu com uma pessoa próxima.
Pelo desrespeito ao consumidor nesse caso, nunca mais usarei produtos Pirelli e recomendo que você avalie a questão para evitar ser a próxima vítima.
PIRELLI, NUNCA MAIS!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Tudo embaçado

Apesar de ser um princípio constitucional, a transparência não é o forte do governo, dificultando a apuração dos seus erros.
No final de semana, médicos faltaram ao plantão nos hospitais públicos. Procurada para que informasse o nome dos faltosos, a Secretaria de Saúde negou a divulgação.
Esse é apenas um exemplo da forma embaçada que o governo conduz suas ações. Ninguém sabe quanto paga de imposto em um produto, ou quem é o responsável por uma obra nova que precisa de reparos. Quem paga por esse comportamento é o contribuinte que é ludibriado e fica literalmente às escuras.
Não há dificuldade em utilizar a internet para essa finalidade. Falta boa vontade e cobrança dos órgãos de controle, que de forma no mínimo estranha também se esconde.
Quem paga a conta precisa saber a forma que o dinheiro é gasto e como é gerido a coisa pública. Em qualquer empresa é assim e com os órgãos governamentais não pode ser diferente.
Tudo muito esquisito e embaçado...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Ingresso na universidade

O tema volta à tona. O ingresso dos jovens que ainda não terminaram o ensino médio no ensino superior, caso aprovados no vestibular.
Mais uma vez sai uma resolução proibitiva, abrindo exceções para os superdotados.
O vestibular serve para que o jovem demonstre se tem condições de ingressar da universidade. Se passou no vestibular tem que ter garantido o acesso a Universidade. Nada mais lógico. O próprio estado já dá ao jovem o diploma no ensino médio se ele passar no ENEM antes de concluir o ensino fundamental. Por que não tornar as regras dentro da mesma lógica?
Acho que é uma preocupação infundada das autoridades da educação. Exigir a conclusão no ensino médio é partir da premissa que todos recebem o ensino médio com a mesma qualidade o que não é verdade. A escola pública é diferente da escola particular e as escolas particulares são diferentes entre si.
Logo, a conclusão do ensino médio não é critério para saber se o jovem está apto a ingressar na universidade. Se assim fosse, não precisaríamos de nota mínima no vestibular.
Mais uma burocracia que certamente vai cair quando virar processo judicial.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Maria

Há vários motivos para que as pessoas respeitem Maria. Fígura bíblica emblemática, Maria é a mãe de Jesus Cristo. Inaceitável, portanto, que um cristão (ou alguns que se dizem cristãos), como eu já vi acontecer, vire a cara para Maria, ou fale qualquer coisa dela.
Pelo simples fato de ser a mãe de Jesus, Maria já merece o respeito de todos.
Mas Maria é muito mais. Maria é exemplo de devoção a Deus. Doou sua vida para cumprir a missão que lhe foi dada por Deus, de educar o menino Jesus. Maria esteve ao lado de Cristo durante toda sua vida. Maria esteve com os apóstolos, depois da ressurreição, quando eles estavam sem saber o que fazer. Pela força de Maria, o cristianismo avançou pelo mundo inteiro.
A Nossa Senhora, minha homenagem. Sua imagem e seus exemplos serão eternos.
Portanto, não mexam com Maria. Se isso acontecer, o bicho vai pegar!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

PHS

Fomos surpreendidos ontem a noite com mais um horário eleitoral gratuito na televisão.
O partido da vez é o PHS: Partido Humanista da Solidariedade (acho que é isso).
Tudo muito bonitinho, musiquinha, políticos bem vestidos e bem treinados. Conteúdo, nada. Programa do partido, nada.
Até que surge Luis França. Vice-presidente não sei do que do partido. Quem quiser rever basta acessar o site do partido: www.phs.org.br (parte superior da página, a partir de 2:20).
Um bastião da imoralidade. Explico. Luis França era diretor do "Na Hora" e foi flagrado pelas câmaras de Durval Barbosa, o mesmo que acabou com a carreira política de José Roberto Arruda, recebendo propina e ainda dando o troco.
Veja você mesmo: http://www.youtube.com/watch?v=q8oM9Mr0Eug

Acho que PHS tinha mudar seu nome para Papel Higiênico Sujo. Manter em seus quadros um corrupto explícito indica que o partido não está preocupado em mudar porcaria nenhuma.
Estamos de olho, cambada!!!

Estupidez humana

As águas de janeiro voltam a castigar o sudoeste brasileiro. Se não temos terremotos ou furacões, temos chuvas e secas extremas, que trazem grande transtorno aos brasileiros.
Mas pior que o evento natural é o comportamento de certas pessoas.
Enquanto pessoas limpavam suas casas e buscavam espaço na lama deixada pelo temporal, delinquentes arriscavam a vida se jogando na enxurrada tentando pegar para si móveis e utensílios domésticos que boiavam no rio de lama. Um deles, ao conseguir tirar da correnteza um botijão de gás, escapava com água suja até o pescoço, morrendo de rir.
Dá para rir numa hora dessas? Milhares de pessoas sofrendo, muito serviço para ser feito e alguns "espertinhos" enxergando uma oportunidade no meio da desgraça alheia.
Ano passado (ou retrasado, não lembro direito), flagraram soldados do exército desviando roupas que tinham sido doadas para as vítimas das enchentes em Santa Catarina.
São dois pequenos exemplos da capacidade humana de ser estúpido e mesquinho.
A justiça divina há de dar o retorno devido a esses canalhas.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Deus dinheiro


Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro. (São Lucas 16,13)

Apesar do alerta de Jesus Cristo, como vimos acima no texto extraído do evangelho segundo São Lucas, vivemos em uma sociedade em que o dinheiro é o grande deus. Todos vivem em função dele, buscam ele a todo o momento e o colocam a frente de tudo. 
Sem dinheiro a pessoa não é ninguém. 
Pelo dinheiro, as pessoas esquecem valores básicos como honestidade, cortesia, gentileza, convivência etc.
E não há qualquer sinal de que isso vá acabar. Pobres ou ricos, todos querem estar com o grande deus monetário.
Ontem, olhando as reportagens sobre os quase ganhadores da megasena, aqueles que não jogaram mas conferiram volantes marcados com os números sorteados, ri da reação dos seguidores do deus dinheiro. Pessoas simples que passaram mal ou ficaram chorando porque o deus dinheiro não quis encontrar com eles. Bem feito! Estou rindo até agora.
É evidente que o dinheiro é necessário e importante. O que não podemos fazer e colocá-lo na frente de tudo, esquecendo outras coisas mais importantes, como o verdadeiro Deus ou a família.
O que vemos porém são pessoas que parecem estar vedadas, vendendo a alma em troca do conforto material proporcionado pelo falso deus.
Deus é apenas um. E com ele é possível ser uma pessoa resolvida financeiramente e mantendo valores morais e éticos, a verdadeira felicidade.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

2013

Vou começar o ano ranzinza.
Por que o Ministério Público, que quer tirar a imagem de Jesus Cristo crucificado das repartições públicas e a expressão "Deus seja louvado" das cédulas, não faz alguma coisa útil e acaba com essas festas públicas de Reveillon?
Literalmente, é dinheiro público sendo queimado. Ou você acha que algum mecenas compra aquele foguetório todo e doa para a população? Enquanto isso a rede hoteleira e os restaurantes lucram horrores. Eles é que tinham que bancar o foguetório e os cachês dos músicos populares.
Sem contar que eu nunca vi nenhum estudo de impacto ambiental dessa barulheira para a população marinha que está próxima às barcas. Não deve ser fácil para os peixes ficar aguentando 15 minutos de foguetório, 2 horas de show do Luan Santana e milhões de litros de xixi dos povo de branco que fica horas na praia sem banheiro.
E quem mora nos bairros onde acontecem as festas, como ficam? Imagino aqueles velhinhos de Copacabana ( estudos mostram que o famoso bairro carioca abriga a maior população de idosos do Brasil, em termos proporcionais) tendo que ficar presos em casa, sem puder ir para qualquer lugar, e ainda aguentar aquela farra toda e o lixo que sobra.
Sério. Está na hora do Brasil começar a cuidar pelo menos do básico. Quando o básico estiver funcionando passemos para o superfluo, como as festas.
Além do mais, 1 de janeiro é igual a 14 de maio ou 20 de outubro. Exatamente igual. Especialmente para quem está numa escola caindo aos pedaços ou aguardando atendimento nas emergências dos hospitais.
Um abraço e feliz 2013!